Os 3 modelos mais populares de localizadores pessoais |
Esses equipamentos operam no âmbito do Programa Internacional COSPAS-SARSAT (site), sediado em Montreal, com a participação de dezenas de países signatários, dentre os quais o Brasil. O programa conta uma constelação de mais de 40 satélites, de várias faixas de órbita, mas os equipamentos necessitam ainda de acesso ao sistema GPS.
FASE DE CADASTRO
- O usuário compra uma baliza de emergência para instalar no carro, numa embarcação, numa aeronave ou para uso pessoal.
- Efetua o registro do código identificador ("código hexadecimal") junto à autoridade do seu país (no Brasil, o processo é gratuito e online).
- Em caso de emergência (ameaça de morte), o usuário ativa o equipamento (alguns são automáticos).
- O equipamento coleta sua localização GPS (portanto é preciso estar ao ar livre).
- O equipamento envia seu código identificador e sua localização para a rede de satélites COSPAS-SARSAT na famosa frequência de 406Mhz.
- O equipamento repete os passos 2 e 3 até ser desligado ou acabar a bateria.
- O satélite recebe os dados e os retransmite para terminais em terra correspondentes à região do incidente. Esses terminais, por sua vez, reencaminham instantaneamente os dados para o centro de controle do país.
- O centro de controle possui equipes 24 horas por dia para receber o chamado e tomar providências para o resgate através dos canais competentes.
Fase de utilização da baliza em emergência. Veja outra imagem aqui. |
Conforme dito, as balizas de emergência não são propriamente dispositivos de monitoramento em tempo integral.
Além disso, sua utilização é para emergências extremas. Não é porque você acabou de se perder na trilha que irá acionar o equipamento, apesar de valer a pena estar com ele caso a situação se deteriore bastante.
As balizas de emergência, quando utilizadas em aeronaves, satisfazem o conceito de ELT ("emergency locator transmitter"), que é um termo utilizado na aviação para designar qualquer equipamento a bordo que emita sinais de localização em situações de emergência.
Quando utilizadas em embarcações, a baliza de emergência é chamada de EPIRB ("emergency position-indicating radiobeacon station").
Todavia, o tema do presente artigo são as balizas de emergência portáteis, utilizadas para localização pessoal, denominadas PLB ("personal locator beacon").
A maioria das balizas de emergência pessoais, por serem portáteis, geralmente são leves (150g), a prova d'água (não flutuam) e possuem bateria interna não recarregável (mas que dura uns 5 anos).
Mas isso não é regra. Hoje, até mesmo relógios de pulso podem vir equipados com sistemas de PLB, como é o caso do Breitling Emergency.
Nos modelos PLB padrão, com bateria interna, é possível fazer testes para checar a bateria (mas um número limitado de testes!). A troca da bateria é feita por uma autorizada, sendo que no Brasil eu localizei representantes da ACR, da OceanSignal e da McMurdo.
Como eu sou envolvido com o sobrevivencialismo, resolvi comprar uma baliza. Iria servir também como um rastreador GPS pessoal na trilha (apesar de, propriamente, ser um localizador e não um rastreador).
Gostei muito da OceanSignal PLB1, por ser compacta. Mas como ela estava em falta na loja, fui na segunda opção, a Mcmurdo FastFind Ranger.
Durante a compra, foi possível solicitar que programassem o aparelho para registro no Brasil. Conforme orienta a página do Centro Brasileiro de Controle de Missão COSPAS-SARSAT (BRMCC), órgão da Força Área Brasileira responsável pela gestão do Programa no Brasil, o código identificador registrável aqui deve se iniciar em "58" ou "D8".
Quando utilizadas em embarcações, a baliza de emergência é chamada de EPIRB ("emergency position-indicating radiobeacon station").
Modelo de baliza marinha (flutuante) |
A maioria das balizas de emergência pessoais, por serem portáteis, geralmente são leves (150g), a prova d'água (não flutuam) e possuem bateria interna não recarregável (mas que dura uns 5 anos).
Mas isso não é regra. Hoje, até mesmo relógios de pulso podem vir equipados com sistemas de PLB, como é o caso do Breitling Emergency.
Como eu sou envolvido com o sobrevivencialismo, resolvi comprar uma baliza. Iria servir também como um rastreador GPS pessoal na trilha (apesar de, propriamente, ser um localizador e não um rastreador).
Gostei muito da OceanSignal PLB1, por ser compacta. Mas como ela estava em falta na loja, fui na segunda opção, a Mcmurdo FastFind Ranger.
Comprei na Orbital Telecom, empresa do Reino Unido (site). Paguei R$ 598 reais no aparelho. Se puder é melhor comprar lá fora ou pedir pra alguém trazer para evitar frete e tributação.
Durante a compra, foi possível solicitar que programassem o aparelho para registro no Brasil. Conforme orienta a página do Centro Brasileiro de Controle de Missão COSPAS-SARSAT (BRMCC), órgão da Força Área Brasileira responsável pela gestão do Programa no Brasil, o código identificador registrável aqui deve se iniciar em "58" ou "D8".
Lá é possível compreender, por exemplo, que caso seu PLB esteja incluído no conjunto de equipamentos de ELT (para aeronaves), a própria Força Aérea irá tomar as providências de salvamento. Para os demais casos, a baliza de emergência pessoal servirá para que a FAB acione o resgate das autoridades regionais, seja Defesa Civil, Bombeiros, Polícia, etc.
Comparativo: 1= Spot Gen3, 4= FastFind 220. Créditos: Canoe & Kayak. |
Continuando, para registrar o PLB, temos que nos dirigir ao site do sistema INFORSAR, efetuar o cadastro pessoal (dados básicos) e, em seguida, efetuar o cadastro da baliza de emergência.
O sistema é muito prático e fácil de usar. Serão perguntados dados da baliza de emergência. Esses dados constam na caixa do aparelho, em especial o código identificador (código "hexadecimal"), que deve começar com "58" ou "D8" para poder ser registrado no país.
Assim que digitei o código, o formulário automaticamente preencheu fabricante, modelo, etc.
Após a conclusão do formulário, o processo é encaminhado para análise e em poucos dias será recebido um e-mail com o resultado:
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Tive uma impressão de segurança e profissionalismo dos agentes envolvidos, desde a compra até o registro. É claro que espero jamais ter que usar os serviços do Programa COSPAS-SARSAT, mas fica aí a dica para os interessados em ter essa garantia.
Obrigado pela visita e até a próxima!
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